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Mostrando postagens de novembro, 2003
O Abridor de Latas Millôr Fernandes Quando esta história se inicia já se passaram quinhentos anos, tal a lentidão com que ela é narrada. Estão sentadas à beira de uma estrada três tartarugas jovens, com 800 anos cada uma, uma tartaruga velha com 1200 anos, e uma tartaruga bem pequenininha ainda, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas estão sentadas, dizia eu. E dizia-o muito bem, pois elas estão sentadas mesmo. Vinte e oito anos depois do começo desta história a tartaruga mais velha abriu a boca e disse: "Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia desta vida?" "Formidável - disse a tartaruguinha mais nova 12 anos depois - Vamos fazer um piquenique?" Vinte e cinco anos depois as tartarugas se decidiram a realizar o piquenique. Quarenta anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinhas e várias dúzias de refrigerantes, elas partiram. Oitenta anos depois chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um piquenique. " Ah - dis
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Rodrigo Viana (eu), em: O Poder da Pinga! Na vila onde eu moro (Auriflama), um dos eventos mais esperados do ano é o Baile do Havaí. Eu sinceramente estava até que empolgado com a idéia de pagar para ir ao baile, e tanta empolgação me levou a comprar um litro e pinga e 8 limões, queria ir "alegre, turbinado" pro bailão. Por volta das 20 horas eu comecei a preparar minha caipirinha (bem forte, por favor!), e lá pelas 22 comecei a beber. O combinado era eu pegar minha namorada (Débora) e passar na casa de um amigo (Thiago). Tava tomando no meu quarto, enquanto eu ouvia Chico Buarque e tentava (em vão) terminar um programa pra faculdade. Quando passava pra apanhar mais do meu veneno (palavras do Thiago), minha mãe falava: "Você já esta alegre, pode ir parando", meu pai, para não contrariar, dizia o mesmo, tudo em vão, não queria nem saber, só queria beber (calor miserável, caipirinha geladinha e além de disso, não era uma garrafa nunca que iria me derrubar). 23 horas e
Relembrando o Passado... O ano era 1993, não me lembro o dia, não faço questão de lembrar. Esse foi o ano, em que aconteceria algo que mudaria a historia de minha vida, ou quase... Era véspera de férias de meio de ano, eu nos meus 13 anos de idade, não via a hora de começar logo as férias para poder brincar, dormir ate mais tarde, em fim, relaxar. Nesse mesmo dia (no qual eu não me lembro), minha mãe deixa eu comprar um revólver de brinquedo, de espoleta, que soltava bolinhas de plástico (na época novidade) . Comprei, e estava brincando no quintal de casa, atirando para tudo que via. Atirava em flores de minha mãe, atirava em latas... Foi quando de repente, como se em um lapso, após um dos tiros ter falhado, eu olho para dentro do cano do revólver, e em um movimento, com o dedo, começo a pressionar o gatilho, foi quando aconteceu um disparo., atingindo meu olho. No mesmo momento eu larguei a arma no chão e sai correndo. Sem poder enxergar de um olho (esquerdo), corri para dentro de cas
Quando eu queria ser um "imortal"... Do meu tempo de 'escritor', só me sobraram mesmo meus antigos 'poemas', eu pra fala a verdade nunca achei que escrevesse bem, arranhava. Em uma de minhas tentativas eu escrevi o Rei Rebelde, que é um 'poema', onde todas as palavras começam com a letra "R", motivo pelo qual, é a primeira letra de meu nome. Antes de tudo eu gostaria de explicar que não se trata de um emaranhado de letras onde todas começam com a letra R, não, o poema, pois mais fraco que seja tem um significativo lógico... Fica a critério de você se quer ou não entender, se quer entendê-lo, apanhe o "Aurélio". Boa leitura... rei rebelde rumo rogando raivosamente, raciocino rápido o rapé. regozijo a regicida razoável. relâmpagos relembram-me rutilante. ralho à rapariga rani, rapsódio recapituladamente "Rimance". respondeu rajá, rumo a renuncia. ranzinza, relembra rusgas recentes. rodo rindo resfolegantemente, ricto a rinit
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.............. ERRA UMA VEZ ....... nunca cometo o mesmo erro duas vezes ....... já cometo duas três quatro cinco seis ....... até esse erro aprender que só o erro tem vez .............. Paulo Leminski http://www.lsi.usp.br/art/leminski/
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Grande Mário Prata: Probre Zero (o estado de s. paulo, 22/10/2003) Sugiro ao nosso viajante presidente lançar logo o programa Pobreza Zero. Não, não se trata de erradicar definitivamente a pobreza no Brasil que isto não é façanha para quatro ou oito anos. Um dia, espero, não tenhamos mais essa pobreza que vemos na televisão ou nos sinais de trânsito das grandes cidades. Existem outras pobrezas no Brasil. Não é dessa pobreza econômica que eu falo. Eu falo da pobreza mental. Talvez um programa, umas leis, umas broncas, uma cara feia, resolvam essa pobreza que está se alastrando pelo Brasil. Por exemplo: quer pobreza maior do que técnico de futebol brasileiro usar terno e gravata debaixo de um sol de 40 graus (fora a poeira e, às vezes, o barro)? E, por falar em futebol, e a moda de jogador negro raspar a cabeça? O quê que esses caras tinham na cabeça? Pobreza não é o preço alto de certos restaurantes de São Paulo. Pobreza é o cara ir lá e gastar 200 pilas para comer. Tem que ser muito po
Andarilho Andando sozinho pelado pela rua, rua escura, morta, obscena, sozinho na rua escura, pelado, andando pelado, no mundo da lua. Morto pelado no meio da rua, andando pelado, no mundo da lua? Morto pelado no meio da rua. Vagando pelado pelo mundo da lua.
Sebo: Uma ótima alternativa!!! Comprei um livro do Mário Prata ontem quando fomos pra Rio Preto: Minhas Vidas Passadas (a limpo). Comprei em um sebo, e paguei um preço mínimo, comprei um do Chico Buarque também: Fazenda Modelo. Cheguei em casa e comecei a ler o do Mário, e confesso que não consegui para de ler enquanto não terminei. O livro é muito bom, já conhecia o Mário nunca havia lido nada dele, o cara é genial, ele te prende à leitura, sabe muito bem como faze isso. Gostei muito e recomendo, não só ler esse, como outras obras dele, que deve ser magnífica também. Confesso que irei comprar em uma próxima visita ao sebo. Moral da história, no livro do Prata eu paguei 9 reais, já no do Chico, 4, em fim, gastei 13 reais em dois livros de ótimo teor literário. Se enganam se pensa que os livros estão todos "detonados" pelo fato de ter sido comprado em sebo. Ao contrario, parece que eu os tirei de uma livraria. Somente o do Chico esta um pouco gasto, pois é bem velho, mas em pe