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Mostrando postagens de outubro, 2006

Eu não sei quem foi...

Eu não sei quem foi... É sempre no mesmo horário que desperta o meu despertador. Isso sendo de segunda a sexta, os dias que eu trabalho. Vida rotineira a minha, de acordar, ir ao banheiro e sempre no amanhecer ver aquele rosto quase sempre por barbear no espelho do banheiro, espelho pequeno como tudo em meu apartamento, espelho que reflete um rosto cansado, não de dormir, mas de rotina, eu acho. Sempre. Sempre a mesma coisa todo santo dia. Já a mais ou menos uns cinco anos que faço isso rotineiramente: acordo; vou ao banheiro dou uma boa olhada no espelho, pego minha escova e escovo meus dentes. Há a rotina no trabalho também, mas prefiro não relatar, não gosto do meu emprego, gosto do dinheiro. É aquela coisa de fazer por grana, para viver. Viver uma vida de rotina, grande coisa... Dizem que a rotina atrapalha e muito a vida de uma pessoa, ainda mais ela estando com um parceiro; não tenho parceira, mas confesso que a rotina esta atrapalhando minha vida, devo estar ficado louco, não s

Uma Nova Vida?!

Uma nova vida?! Sim, poderia dizer que sim... Uma nova vida! Mas com relação a que? Faz tanto tempo que não escrevo que várias coisas aconteceram, coisas que nem vou dizer aqui (não compensam?), coisas que não tem importância. Uma delas, esta creio que seja interessante onde se baseado escreverei essa crônica, é o fato de eu ter me mudado pra outra cidade. Sim, já não moro mais em minha pequena e pacata cidade a mais ou menos nove meses. Estou morando com minha irmã (Lígia), em uma cidade um pouco maior (muito maior), estamos dividindo um apartamento, ela estudando e eu após a formatura procurando um emprego na dura vida de um formado. Diga-se de passagem, depois de longos nove meses morando aqui, ainda não arrumei um emprego (esta mais difícil do que eu pensava). Pois bem, acontece que morar fora de casa é algo novo, não somente pra mim como também pra minha irmã, dividir apartamento então nem se fala. Tarefas domesticas essas eu não divido, fica por conta dela fazer toda a aparte de
A Última Crônica Fernando Sabino "A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balc?o. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com ?xito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da conviv?ncia, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguiç?o do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noç?o do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". N?o sou poeta e estou sem assunto. Lanço ent?o um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica
Estou voltando.... Para Viver Um Grande Amor Vinicius de Moraes Para viver um grande amor, preciso é muita concentraç?o e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor. Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — n?o tem nenhum valor. Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor. Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenç?o como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que n?o esteja apaixonado, pois quem n?o está, está sempre preparado pra ch