"Ai que saudades que eu tenho dos meus doze anos, que saudade ingrata...".
Estou por acabar de ler Capitães de Areia e confesso que essa obra prima de Jorge Amado me enfeitiçou... Primeiramente que Jorge mostra os Capitães como crianças realmente nos seus doze, treze anos. Ai me vem na memória que quando criança éramos como os Capitães de Areia, tínhamos lá nossa "gangue", tinha ate nome, só que o tempo fez questão que eu esquecesse.
E em como todo bando tínhamos nosso líder, ou chefe (Pedro Bala), aquele que dava as ordens, dizia o que fazer... Contávamos também com um, no qual era o "cabeça" (Professor), que em alguns casos ficava por ser o próprio líder, pois ele mesmo tramava e ele mesmo calculava se daria certo de tal maneira... Como não poderia deixar de ser, contávamos com a presença de um que era todo bonitinho, galanteador (Gato), esse geralmente era o mais mimado, aquele filhinho de papai, na época. A presença de um no qual tinha um defeito corporal, seja lá qual era indubitavelmente certa (Sem-Pernas). E tinha aquele que poderia em partes ser o limpinho do grupo, mas que sempre encontrava um parceiro, um que tinha mais afinidade, aquele que ganhava tudo e tudo tinha (Boa-Vida). E como não poderia deixar de ser, tínhamos o "devoto", aquele que, obrigado pela mãe ou não, ia a igreja com freqüência (Pirulito)...
Não éramos mal nem tão pouco roubávamos, mas como crianças tínhamos nossa "gangue", para nossa sede, passávamos o dia fazendo barracas nos fundos dos quintais de nossas casas (Trapiche), onde eram marcadas as reuniões.
Uma coisa que sempre me intrigou nesse meio é que sempre quis ser o Pedro Bala (temido e respeitado), mas não passava de um Boa-Vida. Vale lembrar que a escolha do Pedro Bala assim como no romance, não era escolhido na força sendo que o lugar de líder era posto por que fundava o grupo.
Coincidência ou não, por vezes ate fumávamos uns cigarros escondidos...
Tiro não só o chapéu para Jorge Amado, como também me curvo diante desse mestre da literatura que me fez recordar em partes do meu passado. E agora posso assegurar em dizer que eu fiz parte dos Capitães de Areia...
E em como todo bando tínhamos nosso líder, ou chefe (Pedro Bala), aquele que dava as ordens, dizia o que fazer... Contávamos também com um, no qual era o "cabeça" (Professor), que em alguns casos ficava por ser o próprio líder, pois ele mesmo tramava e ele mesmo calculava se daria certo de tal maneira... Como não poderia deixar de ser, contávamos com a presença de um que era todo bonitinho, galanteador (Gato), esse geralmente era o mais mimado, aquele filhinho de papai, na época. A presença de um no qual tinha um defeito corporal, seja lá qual era indubitavelmente certa (Sem-Pernas). E tinha aquele que poderia em partes ser o limpinho do grupo, mas que sempre encontrava um parceiro, um que tinha mais afinidade, aquele que ganhava tudo e tudo tinha (Boa-Vida). E como não poderia deixar de ser, tínhamos o "devoto", aquele que, obrigado pela mãe ou não, ia a igreja com freqüência (Pirulito)...
Não éramos mal nem tão pouco roubávamos, mas como crianças tínhamos nossa "gangue", para nossa sede, passávamos o dia fazendo barracas nos fundos dos quintais de nossas casas (Trapiche), onde eram marcadas as reuniões.
Uma coisa que sempre me intrigou nesse meio é que sempre quis ser o Pedro Bala (temido e respeitado), mas não passava de um Boa-Vida. Vale lembrar que a escolha do Pedro Bala assim como no romance, não era escolhido na força sendo que o lugar de líder era posto por que fundava o grupo.
Coincidência ou não, por vezes ate fumávamos uns cigarros escondidos...
Tiro não só o chapéu para Jorge Amado, como também me curvo diante desse mestre da literatura que me fez recordar em partes do meu passado. E agora posso assegurar em dizer que eu fiz parte dos Capitães de Areia...
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