Canadá, ai vai o Zé

Zé...O Zé esta de mudança para o Canadá e diz que vai chupar gelo a da com pau...
Como já sabem são inúmera as "aventuras" vividas por mim e pelo meu big friend. Vale dizer que ele anda um pouco afastado, é verdade, isso pelo fato de estarmos, ambos com namoradas. E foi dessa namorada do Zé que veio a possibilidade de ir morar no Canadá, a irmã da Rhose mora em tal país há alguns anos já, levando em consideração que a Rhose se forma esse ano, a possibilidade de fazer um curso de pós-graduação em outro país é enorme, até por que irá se formar em Jornalismo, isso para a carreira de um jornalista deve ser de uma enorme importância. Sendo assim, como namora o Zé já há alguns anos, se não me engano, dois anos, ela o convidou para ir com ela, detalhe... Tudo pago, sim, passaporte, viagem, moradia... Ou seja, ou o Zé vai ou apanha de mim!!!
Ando conversando pouco com o Zé, pois o tempo dele é corrido, muito mais corrido que o meu que se resume em ficar em casa o dia todo e a noite ir para a faculdade. Mas em uma conversa pouco mais de um mês, ele me disse que vai mesmo e vai chupa gelo... Pode uma coisa dessas? Chupa gelo no Canadá, com tanta coisa boa pra se fazer lá, ele encafifou logo com o gelo... Disse que iria arrumar um emprego no novo país, tentar fazer o pé de meia para quando voltarem ou estudar ou sei lá o que...
E adivinhem... Vai trabalhar de remover neve. Pudera... algo que tinha haver com gelo, limpar calçadas, ou frente de casas, tinha que ter um gelo ai no meio. Só espero que ele não pense no que estou pensando agora... Tendo em vista a quantidade enorme de gelo, ele pode muito bem colocar uma garrafa de uísque de baixo do braço e ir trabalhar, ai estaria explicado o porquê da empolgação com o gelo. Zé, não faça isso, deixe o uísque para a hora certa, não vá se meter em encrencas... E por falar em encrencas e bebedeira, me veio algo na mente...

Não sei se já contei tal fato aqui, se já, me perdoem, é que estou com preguiça de percorrer os arquivos...

Estávamos empolgados, eu o Zé, o já então casado, Mickey e o Fernando (um amigo do Zé), eu estava morando em Rio Preto na época, e a meu convite, esse bando foi ficar no apartamento, era carnaval, e eu sendo novato em Rio Preto, não sabia onde levar os tais estava sem dinheiro, pois era a segunda noite que estaríamos na cidade, minhas irmãs juntamente com meus pais haviam viajado. A AP era nosso. Estávamos em Rio Preto (uma puta cidade), com um AP só para nós, jovens, na flor da idade, sem compromisso, com o prédio quase deserto, sem saber aonde ir, o que mais poderia dar errado?!
Acontece que pelo simples fato de não sabermos aonde ir, optamos por ficar no apartamento, para fazermos nosso carnaval, nossa balada... "Hoje é festa lá no meu AP...", não, para nossa alegria o Latino não tinha ainda lançado tamanha canção, mas estávamos lá, pronto para fazer a noite.
Antes de tudo começar saímos para nos "equipar", compramos uma garrafa de pinga 51, e um Vinho, se não me engano (as ruas estavam desertas, cadê o povo de Rio Preto?). Resolvemos então comparar aquelas caipirinhas que já vem pronta, mais parece um Kisuco, que você dissolve na pinga. Pelos nossos cálculos era cerca de quatro pacotes necessários para quatro rapazes, ou seja, um para cada um. Porém, por sorte ou azar nosso na conveniência só tinha um pacote... Tomar pinga pura? Fora de cogitação... Levamos a única caipirinha que tinha uma única para quatro, ou seja, para três, o Fernando não bebia.
Eu não lembro muito bem como aconteceu, não sei se devido ao efeito do álcool, só sei que de repente o Fernando, que não estava conosco já se encontrava ali e trazendo umas revistas Playboy. Um carnaval e tanto se fossemos um bando de nerds... Quando me dei conta o som estava ligado em um som alto, para as leis de um edifício, não queríamos não saber se era carnaval ou o que, o que importa é que estávamos bebendo e nos divertindo, eu jogando cartas com Fernando, Mickey vendo as revistas e o Zé (sim, o mesmo que vai pro Canadá... Você logo vai entender o porquê dessa estória), escrevendo na sacada do prédio, escreveu uma letra, e colocou como nome a numeração do meu andar, acho que era no nono, "Nono andar", ou décimo primeiro, sei lá.
Acontece que quando senti a falta do Zé o achei lá, sentado na cadeira, escrevendo... Chamei pra entrar, entramos e... Coisa de moleque ou não um dos que ali estavam, inventou a tal da brincadeira de virar. Isso virar o copo... Nessa altura a caipirinha já tinha acabado e estávamos na pinga pura. Eu virei o Mickey não, o Fernando não estava bebendo (eu acho), e o Zé... Viro... Companheiro de longas viradas eu e o Zé éramos os fodões, a gente vira mesmo...
No outro dia, cedo, após a galera ter ido dormir não sei como nem aonde, com uma puta dor de cabeça, chego pro Zé: "Que virada hein Zé?", o mesmo: "Virada? Bem capaz que eu ia vira, taquei pela janela...".
Bom, se você mora em prédio eu nem preciso dizer que tacar algo pela janela, ainda mais pinga, na alta madrugada, da um bode dos infernos... Quando olhei pela janela, pude contar que ele havia realmente jogado. Desci correndo e já estava seca a pinga, bom, subi com medo do sindico e torcendo para não acontecer nada. Não aconteceu, não sei se pelo fato do prédio estar deserto naquele dia ou sorte, mas não aconteceu nada, se quisesse acontecer, era fácil saber que foi, pois o som lá em casa estava alto, a conversa também.

Zé... Até o ano que vem tem muito chão, espero contar mais de nossas "aventuras" aqui no Blog, espero que tudo de certo lá... E pelo amor de Deus, cuidado com as bebidas... Ouvi dizer, ou melhor, li que se colocar neve em uísque estraga, não faça nada de errado e se der, traga um importado pra mim na sua volta.

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